Lagosta - Consumir com Consciência

Lagosta - Consumir com Consciência

Quem não gosta de saborear um bom prato de pescado? Ou melhor, uma deliciosa lagosta?

Existe uma grande procura por esses animais tão apreciados por nós e, devido a esse fato, essas espécies são pescadas e comercializadas no Brasil e no mundo. Ao longo da costa Brasileira que se estende do Espírito Santo ao Amapá temos a ocorrência de duas espécies de lagostas capturadas de diversas formas (facheio, pesca com covos, compressores, jangadas, caçoeiras, etc). Essas espécies pertencem ao mesmo grupo dos Caranguejos, Siris e Camarões; os crustáceos. A lagosta-vermelha (Panulirus argus) de águas um pouco mais profundas e a lagosta-verde ou cabo verde (P. laevicauda) de locais mais rasos são as habitantes de nossa costa. Como estamos no meio desta área de ocorrência, um destino turístico como Tibau do Sul é um grande consumidor de pescado devido à demanda local. Embora o Ceará e o Rio Grande do Norte são grandes comercializadores de lagostas, os estoques desse recurso diminuíram muito nos últimos anos.

Existe uma preocupação quanto ao consumo desregrado dessas duas espécies na nossa costa e por isso foram instituídas regras para a pesca, consumo e comercialização. O infrator pode pagar multa e ainda ser detido pela Polícia Ambiental (Lei nº 11.959/2009, Instruções Normativas nº 138/2006 e 206/2008 – IBAMA). Existem duas exigências básicas. Uma é o cumprimento da NÃO pesca no período do defeso (DEZEMBRO a MAIO), e o outro é o tamanho mínimo da cauda permitido para consumo (Lagosta-Vermelha - 13cm, Lagosta-Verde – 11cm). Em vista disso podemos questionar o porquê que existem essas regras e como, nós consumidores ou comercializadores, podemos fazer para colaborar?

O período de Defeso é importante para a preservação desses animais na época de reprodução quando se aglomeram para a cópula e podem ser facilmente pescados. O outro ponto é o tamanho mínimo permitido para a pesca visando garantir que elas tenham se reproduzido ao menos uma vez em sua vida. Existe também a proibição das técnicas pesqueiras utilizando compressores ou caçoeiras (Rede deitada).

Então vamos se unir para manter essa iguaria nos nossos mares, pois a responsabilidade é de todos nós: Não consuma Lagostas frescas no período do Defeso; Não compre lagostas menores do que o tamanho permitido ao longo de todo ano; Saiba a proveniência do pescado que você esta comprando; Se informe; Preserve; Se conscientize; Se ligue!

Por Daniel Henrique Gil.


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